terça-feira, 2 de outubro de 2012

Origem Pacatuba-CE

"Em 1683, a 7 de outubro, o Capitão-Mor Bento de Macedo Faria concedeu a João Pinto Correia e outros, do Rio Grande do Norte, data e sesmaria ""do rio que nasce do pé da serra da Pacatuba, cortando para o nascente com seu comprimento e várzeas anexas ao dito rio, com uma légua de largo que será meia de cada banda até os últimos providos"". Esta concessão, primeira de uma série, deu início, por assim dizer ao povoamento da serra da Pacatuba, origem do atual Município.
A mata da serra da Pacatuba, que principiava no sítio Acaracuzinho e ia circundando a aludida serra até ""contestar"" com a ponta da serra da Guaiúba, como reza um documento antigo, era coberta de madeiras de diferentes qualidades, como de ""construção civil e naval, de marcenaria e marcheteria"" , e nas suas terras plantavam, no ano de 1800, os índios das vilas de Arronches e Messejana, o Padre José Pereira de Castro, sucessor de Inácio Pereira Façanha, Joana de Holanda, mãe e herdeira deste, e Manoel Fernandes.
Em 1791, o Capitão Castro Viana transferiu-se para o local denominado Aratanha-Velha, onde edificou sua morada e plantou árvores frutíferas. Com a passagem desse sítio para Albano da Costa dos Anjos, este, com a família e quarenta escravos, construiu na falda serra outra casa, no lugar Fazenda, ao centro dos algodoais. Para transporte de gêneros, mandou abrir em 1803 uma estrada para a capital da Província.
A cultura do café teve início em Pacatuba com a anquisição das primeiras mudas em Baturité, plantadas no sítio Boaçu. Os altiplanos e encostas da serra logo encheram-se de sítios de café.
No ano de 1845, a seca trouxe para o sopé da serra muitos sertanejos que ali se estabeleceram em palhoças, incrementando o povoamento. A construção de prédios principiou em 1850. Em agosto de 1855 a Assembléia Provincial votou e o Presidente Vicente Pires da Conceição sancionou a ""planta para a edificação da povoação de Pacatuba"". Em novembro de 1872 Henrique Gonçalves da Justa obteve autorização legislativa para edificar no centro da praça interna do mercado uma casa destinada a ponto comercial. O Presidente Pires da Mota, ainda em 1855 deu início à construção da estrada que seguia de Fortaleza para a então nascente Pacatuba.
O núcleo urbano naquele tempo existente pertencia ao Município e freguesia de Maranguape. Era sede de distritos de paz e policial, criados em 1843. Um juiz de paz tinha assento, com a competência de decidir pequenas demandas e desempenhar alguns encargos administrativos.
As competições políticas tinham como centro a vizinha cidade banhada pelo Pirapora, Maranguape, que era a sede do Município. Sobrevindo o progresso urbano e o desenvolvimento da economia, passou a constituir anseio geral o de emancipação, reconhecida a capacidade de Pacatuba para se auto-dirigir por meio de mandatários, desejo atendido em 8 de outubro de 1869. O mesmo desejo de emancipação no âmbito religioso foi satisfeito com a criação da freguesia, elevando a capela de Nossa Senhora da Conceição à categoria de matriz.
A instalação da Câmara Municipal ocorreu no dia 26 de abril de 1873. A elevação do termo resultou de Portaria de 13 de 1873. Comarca passou a ser em 1879, e cidade em 1889."

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